"Contingências nos jogam em atalhos que podem frustrar nossos sonhos de infância e juventude. De repente, e não mais que de repente, já adultos, olhamos pra traz e vemos o quanto perdemos, ganhamos. Erros e acertos. Recordo-me da infância, descalça com os pés nessa terra vermelha, correndo contra o vento. Ah! A felicidade estava ali... Minha mãe brigava, toda vez q entrávamos para o banho, as unhas sujas... Momentos únicos... Há um, que ficou cravado em minha memória... Uma cena q mostrou o quanto era grande o amor de meu pai, pela minha mãe. Chegou cansado depois de um árduo dia de trabalho, estávamos na varanda, tinha uma roseira enorme em frente a minha casa, ele colheu uma rosa, vermelha, retirou os espinhos, e colocou-a no cabelo de minha mãe, esse momento se eternizou em minha mente. Único. Valorizo a importância de um belo gesto, procuro passar toda essa sensibilidade às minhas filhas...
Hoje ao abrir um velho livro, me deparei com uma orquídea seca, foi colocada ali há um ano por minha filha, ela me implorou tanto pra q eu tirasse uma flor do vaso, relutei, mas não resisti aos belos olhos azuis me fitando, desesperadamente a espera de um sim, sorri , dei-lhe a flor q tanto queria com uma condição, q ela a colocasse no meio de algum livro, ela me questionou por quê? Disse a ela q, com esse gesto, esse momento se tornaria eterno, nosso, e que ela, sempre q olhasse pra essa flor lembraria do meu amor por ela. Peguei o livro, levantei-me, fui até a sala onde ela brincava com a irmã, abaixei e mostrei o livro a ela, abri na página em q a flor se encontrava perguntei se lembrava do que se tratava aquela flor seca, ela disse que se lembrava sim... Que, aquela flor era o meu amor por ela. Sorri. Com os olhos lacrimejados, levantei. Percebo q minha existência não é em vão e que estou conseguindo deixar minha marca, que estou conseguindo formar duas magníficas mulheres. “A sua imagem e semelhança”... Não posso errar, necessito de acertos. E aquela felicidade da infância? Está aqui, em minha frente..."
Hoje ao abrir um velho livro, me deparei com uma orquídea seca, foi colocada ali há um ano por minha filha, ela me implorou tanto pra q eu tirasse uma flor do vaso, relutei, mas não resisti aos belos olhos azuis me fitando, desesperadamente a espera de um sim, sorri , dei-lhe a flor q tanto queria com uma condição, q ela a colocasse no meio de algum livro, ela me questionou por quê? Disse a ela q, com esse gesto, esse momento se tornaria eterno, nosso, e que ela, sempre q olhasse pra essa flor lembraria do meu amor por ela. Peguei o livro, levantei-me, fui até a sala onde ela brincava com a irmã, abaixei e mostrei o livro a ela, abri na página em q a flor se encontrava perguntei se lembrava do que se tratava aquela flor seca, ela disse que se lembrava sim... Que, aquela flor era o meu amor por ela. Sorri. Com os olhos lacrimejados, levantei. Percebo q minha existência não é em vão e que estou conseguindo deixar minha marca, que estou conseguindo formar duas magníficas mulheres. “A sua imagem e semelhança”... Não posso errar, necessito de acertos. E aquela felicidade da infância? Está aqui, em minha frente..."
Nenhum comentário:
Postar um comentário