22 fevereiro 2010

Nesse momento meus pensamentos impossibilitam que eu deite na cama e tenha um sono tranquilo, ou um sono por si só, mesmo que seja dos mais conturbados. O meu âmago se encontra num estado tão caótico, que provavelmente se tivesse um sabor, seria fel.
Ter auto-controle de pensamentos é, provavelmente, uma das tarefas mais árduas que um ser humano pode tentar conquistar. E eu até me dou bem na maioria das vezes, mas hoje a angustia permitiu que eles fizessem a festa e, por sua vez, me deixaram mais angustiada ainda.
Me sinto só. Parando pra pensar, eu reclamo bastante dessa solidão, estou começando a achar que eu sou só. Nesse momento eu até pagaria por um abraço, mas tinha que ser sincero, de coração com coração, vida com vida. Tinha que ser um abraço que surtisse efeito de um bálsamo para a minha alma, que hoje, está ferida.
Chorei, chorei... e não tive dó de mim. Na realidade nem sei por que choro, somente é um vazio que me preenche. Ah! Não senti falta desse maldito vazio.
Eu estou aqui, escrevendo no meio da noite, porque isso me alivia de alguma forma, pena que eu não escrevo por um longo período de tempo e mais pena ainda que não é um alívio permanente.
Às vezes eu simplesmente não gosto de ser eu mesma, sabia? É, acho que é simples assim.
Sou tão atenta na resolução dos problemas de outras pessoas , e acabo esquecendo de mim, esqueço que também tenho sentimentos, desejos. Sinto falta de uma mão estendida, de um olhar carinhoso, saber, sentir-se protegedia. Como será? Sempre tão só. Não devo reclamar da vida. Tenho duas preciosidades, que me enchem de carinho, de amor , mas minha solidão não é falta desse carinho, desse amor . Ela é única, marcada. No meio da multidão e só... eis minha sina...

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